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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Artefato

era uma vez, outra vez,
a mesma arte em meio
à algo que procurei
ignorar, a mesma arte
me olhando, mesmo
eu sendo um pobre
diabo onde ela põe
os olhos disfarçando à
não olhar.
fosse uma vez eu à arte
me comparando, eu a
parte dela que sangra
ao nascer e em perceber
sua pena natal, em mim,
sua procedência, foge à
procurar a pena capital
para puni-la diante de tal
pecado causado pela
minha profana providência.
era(arte)uma vez,
outra vez a mesma coisa(arte)
em meio às mesma escolhas,
o fio frio dos versos em aço
que fervem a verve na veia,
do sangue do poeta em colapso
diante do nascimento de outra
vez, mais uma vez a mesma arte
azia, vazia, ensimesmada,
suave feito ácido garganta abaixo...
aos olhos de quem à aprecia,
à violenta em desespero atroz
atrás de ataraxia, atrás de tê-la,
de se render à essa heresia que
sugere que sempre outra vez,
mais uma vez, enquanto houver
dúvida acerca da vida, haverá
poesia. 

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