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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Puída

rota, gasta...
-sinhô, óia que é di dá dó.

mas na rua ficou
marota, maloquera...

hoje é punk e prostituta.

-tadinha, é só poesinha seu dotô.

E O QUE SERÁ DE NOIS SINHÔ,
SE ELA PERECÊ?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Desatino

Compondo sobre a mesa,
o poeta,
entre versos que apodrecem,
à espera...

passa noite
passa dia,
passa a toa
em agonia
destoa, desafina
não afronta
não as horas
que não passam
nem afirmam
se outrora
já passaram
ou se apenas
existiram.

Contraponto de ideias
entre o tempo e o destino.

Decompondo-se sobre a mesa
o poeta em desatino.

domingo, 5 de agosto de 2012

soneto

 
teus olhos claros,
teus dentes brancos.
são tão bizarros,
são estranhos.
 
teu talento é a beleza,
tua grandeza um sobrenome.
teus encantos só põe na mesa
tudo aquilo que não se come.
 
és uma virgem. domingo na missa chora,
ora, reza, hipócrita prece. mas o espelho
lhe dá a imagem de vadia que merece.
 
o que não conquista com a cabeça
nem com a beleza da alma, consegue
com a bunda e com tua buceta que lhe salva.