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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

soneto cantado

não peça amor quando voltar/
eu não pedi pra tu partir/
na certa o amor retornará/
mas sem você pra me ferir/

peça licença para entrar/
meu coração a exigir/
mais de você pra me ganhar/
de novo até a hora de ir/

a minha pena a desenhar/
versos sem paixão aqui/
saiba que não mais haverá/

sentimentos pra tu consumir/
não peça amor quando chegar/
se ainda me quiser pra ti.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Despedida

era a noite dela.
a tão, por mim, aguardada.
a ultima noite no mainstream.
estava linda, com a tez suave e pálida.
apesar de ser a sua noite, permaneceu calada.
sempre foi de poucas palavras, não falava à toa.
tinha o olhar de todos, à cercavam,
alguns queriam até toca-la, continham-se.
ela, no centro, esnobava todo mundo num silêncio profundo.
seus olhos diáfanos descansavam sob cerradas pálpebras.
seus lábios tácitos, de um desenho frio, ainda provocavam,
mas
um beijo neles, naquela hora, não era apropriado.
os cabelos, tão vivos ao toque
do vento, naquele momento, repousavam calmos sobre os ombros.
como uma negra cortina, embelezavam ainda mais o seu colo.
ela, vestida de branco como uma falsa virgem, linda, que ao meu lado
sempre me fez sentir um lord, cumprimenta a vida.
era a noite da morte. a noite da despedida.