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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

raízes aladas

jaz aqui, em pauta, tudo que afligia.
para acalmar a alma
um pouco só de poesia.
antes que o esquecimento avise ou
se cale,
volto às origens
atrás de novos ares.
há em meu quintal um universo,
a liberdade é o varal onde penduro
os meus versos, há em minha escrita
muito de um tanto de alguma coisa vazia,
talvez todo esse universo é o que afligia,
observo os que ao meu redor podem tudo,
neles mora a oratória da conquista do tudo, tudo...
em mim falta muito, tudo...só poesia e eu, mudo, mundo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Divagações de Porra Nenhuma

qual o sabor da poesia?
fosse o amor, teria um gosto
agridoce com peçonha no teor,
teria um cheiro que inebria, como
o da materia de que são feitas as vadias.
o que lhe pareçe, isso cheira à poesia?
isso cheira à carolina,
cheira a cocaína.
qual o cheiro que ti fascina,
o da dama branca cocaína,
ou da carolina dama que iludía?
nada disso é poesia!
e o sabor?
não há paladar pra tanta porcaria.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O RITMO QUE O DIABO ME ENSINOU (MARCHINHA DE CARNAVAL)

O SAMBA MORREU DE TÉDIO OUVINDO BOSSA NOVA
O SAMBA MORREU DE TÉDIO OUVINDO BOSSA NOVA

MAS OLHA SÓ QUE COISA BOA EU TRAGO AQUI PARA O SENHOR
MAS OLHA SÓ QUE COISA BOA EU TRAGO AQUI PARA O SENHOR

ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU
ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU

É O PAÍS DO CARNAVAL E EU NÃO SEI SAMBAR
É O PAÍS DO CARNAVAL E EU NÃO SEI SAMBAR

GOSTO MESMO É APENAS DE VER A BANDA TOCAR
GOSTO MESMO É APENAS DE VER A BANDA TOCAR

ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU
ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU

A MPB É MUSICA PARA BACANA
A MPB É MUSICA PARA BACANA

MAS O RITMO QUE ME GANHA É O QUE O DIABO ME ENSINOU
MAS O RITMO QUE ME GANHA É O QUE O DIABO ME ENSINOU

ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU
ALGUNS CHAMAM DE ROQUE OUTROS DE ROQUENROU

domingo, 1 de maio de 2011

o escravo o mestre e o autor

O mestre e o escravo partem em busca de um interesse alheio aos dois. Aqui o mestre serve o escravo, pois aqui tudo pode ser transformado, reformulado e redefinido.
O escravo pede para que seu mestre o ajude a entender o que os une numa busca completamente cega. O que o mestre quer é paciência, e nessa mesma paciência espera em pouco tempo entender o que o autor está propondo.
O autor já sem saber o porque de toda essa porra pensa "o que esses dois podem estar procurando?" nesse mesmo momento e dentro desse mesmo gerúndio ele percebe que o que ainda não foi entendido é futuro, e sendo assim, o autor também viaja nesta estória de paciência e, escreve.
Já cansados de percorrer várias linhas, agora os três, sim, pois o autor se juntou ao mestre e com ele busca impacientemente guiar o escravo na direção exata. Os três partem em frente, mas agora em sentido anti-horário, pois precisam de mais tempo para descobrir o que procuram e por que diabos procuram algo. Se sentem agora como três beduínos da poesia, três nômades errantes que tentam acertar um caminho e, nesse caminho se acharem.
Derrepente o autor se depara com uma reticencia. Então um ponto ele dá para o mestre e pede para ele correr exaustivamente, e, quando não estiver mais aguentando pede para que ele pare e use esse ponto como ponto final, mesmo que seja um final estranho, ainda assim será um final de mestre.
O escravo completamente contrariado, parte para cima do autor e enfurecido indaga, como irá fazer agora que esta sozinho, pois o mestre era seu ajudante, seu vassalo, era quem agia por ele. Agora o que o autor e o escravo têm é apenas o que sobrou de um reticência, ou seja, dois pontos.
O autor então explica para o escravo que o interesse alheio aos dois, é algo que alguém um dia possa ler, ou seja, um texto, e esse texto, tem que ser sabiamente findado, e ninguém melhor ou mais sábio que um mestre para fazer isso, então vamos permitir que ele ou sua resistência termine todo este texto, o que nos resta é apenas deixar uma ideia vaga, pois assim como começou vazio, vamos acabá-lo de uma maneira redefinida, alternativa, onde, nada faz sentido, não tratamos de nenhum assunto interessante aqui e mesmo assim alguém nesse momento esta lendo e esta se perguntando " como será que vai acabar essa porra?" mas o que eles não sabem é que o mestre já terminou isso tudo à muitas linhas atrás. Nos cabe agora apenas pedir atenção ao nosso leitor, e pedir que utilize os dois pontos que  restam como melhor entender, não há escravos nem mestres, mas sim, autores do que somos, seja o seu. Liberte-se, escreva.

sábado, 30 de abril de 2011

DURMA

Jeremias não queria mas estava com sono e, a caminho dormiu e não pôde fazer a prova do vestibular. Não teve culpa, mas, e agora em que porra de curso irá se formar? "talvez agora a prova de que eu não preciso estudar, quem sabe então eu vá atrás dos meus sonhos e faça a minha historia,  me liberte dessa falta de cultura imposta que age no bom senso de todo cidadão de bem dessa sociedade sociopata e maníaca".
AH! Jeremias agora queria gritar, sabia exatamente o que fazer, talvez o alternativo tipo comum ativo lhe caísse bem e o impulsionasse para a vida impura e destilada. VIVA A CULTURA ALTERNATIVA!
Desliga-se da tv e vai para a rua buscar conhecimento e sabedoria, como pretexto para se destruir, mas acima de tudo e de toda contradição, vai pra rua para se libertar da merda do dia da vez. Jeremias o que queria então, o que realmente queimava naquela seda? será que era a mais pura poesia, com palavras nubladas e intensas, o que havia em seus princípios, há princípios na poesia?
Jeremias já podia lutar, já sabia pensar e então agora no controle, iria começar a mudar tudo que fosse possível pra se conhecer e entender de fato que quer dizer essa ideia burra e sem sentido de apenas viver, ele sabia que o tempo age como carrasco em todos os casos e acasos, não queria ficar parado como árvore, por mais poético que possa parecer. Na verdade lhe agradava muito a ideia de ser então o vento que passa pelas árvores e faz assim suas folhas se exprimirem, terem vida. Essa metáfora fala tudo o que Jeremias fazia pra vencer e afirmar com base solida que ele não queria ser só mais um nariz ativo (apenas só mais um tijolo no muro) que apenas respira e respira.(ASPIRAR queria Jeremias). Acima de tudo Jeremias vivia por paz e amor pra que toda sua violência anárquica do bem, sua doutrina embriagada, pudesse emancipá-lo. Mas viva a cultura alternativa, pois Jeremias já triunfava , e de uma forma sincera e exata ele podia afirmar que era feliz e, que graças a sociedade que não lhe corrompeu e nem lhe comprou, era feliz. Jeremias sentia seu coração batendo atoa quando não sentia o amor...o amor, a única coisa que sempre importou, a benção que cristo nos deu e aquilo que lhe fodeu. Eis o aforismo.


                                                                                            jaz aqui Jeremias

"AMEI À TODOS QUE COMPARTILHEI UMA IDEIA SINCERA E AMIGA"


Jeremias deixou a banda no hotel e foi comprar algumas gramas de pó, depois de cada show sempre ia levar uma ideia com um grupo de fãs da cidade onde tocava, Jeremias na mesma hora cheirou duas carreiras de dama branca no painel do carro, e a caminho dos fãs passou em um barzinho e comprou uma garrafa de conhaque para tomar mais tarde com os fãs e alguns amigos, tomou uns goles de conhaque enquanto dirigia, a cocaína já estava lhe amando essa hora. Cansado Jeremias começou a pensar como a sua vida seria diferente se ele não houvesse dormido e tivesse feito aquela prova do vestibular, talvez agora fosse um bosta burocrata e levasse uma merda de vida, seria mais um fudido universitário desses que acham que são o futuro "futuro é o caralho", dizia...Jeremias mesmo após ter entupido as narinas na coca, a essa altura já tinha apagado de tanto sono e, seu sono guiou seu carro e sua vida mais uma vez.






    




O LOUCO ou eu, DOIDO.

-Segure o louco, o homem que vende sorte, segure-o para mim e o liberte da morte. Me escute um momento e eu lhe conto minha sorte.
Minha ideia sempre foi confusa e minha sorte desde a noite em que vi o louco em sua camisa social de força, pedindo esperança, se tornou ainda mais rara. Quando vi o homem, usava uma camisa de força toda social, com uma gravata que mais parecia uma corda de forca, que deve ter arrebentado quando ele tentou se enforcar na vergonha alheia. Suas calças também eram sociais, mas no lugar dos bolsos haviam cofres que guardavam doentes pombas brancas(apenas trocado para esmola), no lugar dos sapatos ele usava pantufas digitais, com um sistema de auto-destruição, caso a direção fosse errada. Seus cabelos eram longos e elásticos, seu rosto magro tinha uma barba que o envelhecia uns trinta minutos(isso ninguém percebia pois estão sempre com pressa). Ele me olhou com um ar de suplício, então caminhei até ele para entender a situação. O louco me pediu um cigarro e um pouco de atenção, lhe dei o cigarro e aproveitei para também fumar um, mas como só havia um cigarro ele sugeriu:
— Meu velho, já que só tem um, jogue-o fora. acho que na hora não entendi, mas preferi jogar fora, queria saber qual era a ideia daquele louco.
Ele me falou que era estrangeiro e ostentava orgulhoso sua bandeira apátrida, trazia consigo a saudade de um lugar nenhum, mas que não podia mais conversar pois estava sem tempo e estava atrasado para chegar na meia noite. Então lhe disse que ainda eram onze e meia e que tinha tempo. Ele fez a barba e saiu(queria estar com a cara da hora marcada), deu uns três passos e voltou, me olhou com um ar de duvida e perguntou:
— Gostaria de comprar uma sorte , meu velho?-perguntei como pagar e ele disse:
— Dê-me sua preguiça e eu lhe ensino a pensar- concordei com a ideia do louco e pedi minha sorte, ele me deu um incentivo e me mandou rezar, falou que era preciso eu me cuidar, pois a sorte só é sorte quando vence o azar. Após ter ido embora, o louco, me fez pensar:  CARALHO, QUE PORRA É ESSA?!!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

VERSOS À UM PUNK MORTO

 

Na certeza de que a eternidade seja efêmera ele vai...
despede-se da vida como quem parte atrasado
anda pelas ruas desertas como dama da noite
promiscua fêmea.
Atrás do que sempre vamos?
o que procura a vida em você, pontos fracos?
a ver pela única certeza útil temos a morte
amiga furiosa que espanca o corpo nú da vida e mostra sua beleza fútil
sua cara maligna
andarilha vadia que destroi há séculos a alma de todas as matilhas.
mas,
ela é o verdadeiro cão
a madrasta nefasta
divina.
na noite buscamos alegria
somos livres como é "livre" a euforia que vem em comprimidos
garrafas... Ah! Fumaças ilícitas nos dão a fuga dessa novela vazia.
no corpo a arte exata combina com metais que rasgam o corpo
e a dor é a dor que enobrece
a dor que excita
assim como também são nobres os prazeres carnais.
vai homem!
Vai a luta
põe suas roupas
sai...
rasga sua alma
ignore a moda e,

na escola busque a certeza de que já é hora de revolta. (dentro de todo homem há uma criança revolucionaria).

nossas espadas emitem sons raivosos
mas o que hipnotiza não são os ruídos
é a reciproca ideia de ti e da interior verdade:
"sou eu sempre, porque eu sou a insana realidade"
embriagado na estrutura confusa do meu ser permaneço calado e,
em frente ao palco vejo o roquenrou de uma forma bonita me apresentar ao tão temido diabo
Subo então até esse altar sagrado
e la de cima vejo que não preciso de regras e/ou normas
nada que seja obrigado.
na mais pura sensação livre que a fiel liberdade nos traz eu pulo sobre a multidão
e ela me recebe com tamanha intensidade que um segundo ali
pra mim é a própria eternidade.
então conscientemente desmaio
e declamo gritando os versos destilados
da poesia da minha vida no nobre roquenrou psicodélico psicografado

(se você misturar vida com roquenrou vai perceber que o mais fóda de todos os esportes radicais é a crua róda punk, a mais intensa contemplação da vida. É como que se nesse mesmo palco a própria vida fosse uma puta bonitinha de dezessete aninhos fazendo strip, e a cada acorde novo do nosso velho roquenrou ela se oferece pra você como verdadeira dama excitada e, dentro dessa mesma róda punk eu à estupro e depois vou passando seu corpo pela multidão enlouquecida de volta ao palco, e de novo no palco ela ganha vida.e tudo começa de novo.pra mim, misturar vida e roquenrou é isso).

mantenho contato com o outro lado
e para abrir a porta e conversar comigo
o "eu" do outro lado
eu acendo um pensamento e viajo enquanto meu corpo no ar é lançado
descubro o que sou e,
volto para libertar-me sóbrio da infeliz sociedade.

aprendo entorpecido pra entender o que de mim quer a realidade.

meu álibi é a loucura
assim revoluciono 24 horas dentro de um minuto
e assim vivo intensamente cada segundo

( comparo isso a determinação de uma chuva, que sempre molha os telhados); (metafóricamente falando isso também esta ligado a brasa do cigarro que queima ferozmente até a última tragada).

o punk é como o corpo que nasce pra ser enterrado.
Cemitério, ah! tão desejada morada
quem sempre tanto quis dizer
quis gritar
no epitáfio se expressa.
derradeira poesia do poeta
sujeito confuso que ama a lua e,
a noite,
a amante sua,
sempre lhe estupra com amor
e o resgata da boçal verdade do dia
e, se entrega totalmente pura
como se fosse a mais natural das ervas.

como é pura a vontade de novos dias da nossa ardente anarquia, revolução arco-íris torto sórdido e escuro que brilha no horizonte "a super nova super da poesia".

ah como é boa essa vontade louca de me perder da vida...
e me achar de novo dentro de um novo dia, e esperar angustiadamente pela noite, essa efêmera eternidade que na realidade transforma todos os homens e,
na loucura apenas nos liberta.
é a chave da porta da percepção
a psicodelia que nos espera
que nos leva pra longe da inescrupulósa razão.

Volume dois

...volta a andar como um louco que
nunca deixou de ser no pensar, volta
a ser o que era e o que é, e, assim
como foi, volta a ser o que sempre será...

o que procura a vida em você, é o que
ela sempre teve e o que sempre terá, é
a mútua ideia de conviver, a ideia do
entardecer vivo, e ao anoitecer, não morrer
mas se desprender da vida como quem pede
"sai fora" e viver a eternidade dentro
do risco de estar vivo numa noite louca e
perigosa, efêmera eternidade. a verdade
sobre isso é o dia que vem suave como
um tapa na cara, é você de novo, voltando
a andar como um louco que nunca deixou
de ser no pensar, volta a ser o que era e
o que é, e, assim como sempre foi volta
a ser o que sempre será.

...a droga da espiritualidade da espiritualidade
que vem com as drogas...

já é hora de revolta, os pontos fracos
já não são mais fracos, muito menos pontos
são visões psicodélicas que no auge de sua
contemplação é a sua face inexpressivamente
feliz e experiente, estragada e deprimente
em frente ao espelho, o mesmo usado como
base para aspirar a imagem dos microscópicos
pontos fracos. o que será que pensam, sobre
o que pensam os que ainda pensam?
o que tememos agora? vai homem, cansado
do fardo de ir à luta, de continuar achando
que toda essa história é apenas algo bom
para gritar, escrever, já é hora de romper
e, mais do que preciso dizer é gritar que
sempre é hora de revolta, de contestar revoltas
e de tentar achar algo novo dentro da droga
da espiritualidade da espiritualidade que
vem com as drogas

...liberdade para usar, pra jogar, pra matar
liberdade pra viver o que querer o pensamento
do sujeito que conjuga o verbo amar...

vôa às faces de toda essa grande e pueril
massa de personagens, a impetuosa ventania
de subversivas emoções, de ideias cheias de
vontade de algo mais, pois acho que, longe
do descanso, penso que depois de tanto preciso
de muito mais. sou a música que me escuta
sou, quem sou? vou na batida, no groove do
roquenrou que é a desculpa pra dizer pra vida
que sou o que sou, vou na mímica de mostrar
pra mim que posso ser o que souber rimar
comigo no sentido de amar o inimigo, mesmo
que o mesmo seja o perigo de usar a liberdade
para se embriagar de vícios, de ter liberdade
de derrubar mitos, de verbalizar e entoar gritos
de rebeldia, versos de liberdade pra usar,
pra jogar, pra matar, liberdade pra viver o que
querer o pensamento do sujeito que conjuga

o verbo amar.