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segunda-feira, 22 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

o sopro do vácuo

do frescor do
fogo ao fôlego
que trago
às moças.

beijos mudos,
boca calada.
hálito emudecido,
lábios que buscam
palavras ocultas em
beijos mudos
em bocas cerradas
de hálito úmido.

hábitos mudos,
mudas palavras.
muda as falas
o silêncio em
seus tímpanos.
dos ecos dos
restos do ruído dos
lábios, beijos...
sem boca,
das línguas,
insossas.

o sabor do
hálito agrada
apenas agora
as moscas.

domingo, 14 de abril de 2013

voragem

crises violentas de humor
dizem tanto...
tristeza, angustia, poder, pranto.
nada é tão constante e mais e,
quanto ao que resta,
variantes do mesmo poeta e
seu uso na prática.
vórtices do fluxo,
estática.

terça-feira, 2 de abril de 2013

morte e vida poesia

Manoel mudou-se para Pasárgada.
lá é feliz, é amigo do rei.
Augusto enforcou-se em um pé de Tamarindo.
fez-se metafísica como sempre quis.
O príncipe macabro abriu um necrotério.
entre defuntos e sonetos vive o poeta
Olavo, mistério.
No caminho da ternura, aquém do desespero,
voa livre o mestre Quintana, poeta, quiçá,
passarinho, lisonjeiro.
De amores , ontem morreu Vinícius. viveu
de mulheres e versos, no seu tempo quando,
a virtude foi seu vício.
Drummond partiu, foi ser gauche, foi com José
atrás das respostas dessa vida que em mil poemas
não cabe.
...enquanto eu, faço o que não sei com os versos.
com a voz da minha pena,
luto para que a poesia não se cale.