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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Queda Macia

há no enredo da vida
o ensejo da queda...
e como quem rápido
levanta desmaia, eu
permaneço no solo,
pois para levantar
aguardo que minha
queda caia macia
em seu propósito.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inveja Branca

em meu ponto de vista
sobre a conquista alheia
quem espera condução
é a inveja rumo à mesma
gloria ou à algo que se
assemelha.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Silêncio

Tudo calmo...tranquilo...
algo frágil vem ao
chão...estampido,
choque, colisão...
a queda do silêncio aluído,
jogou-se do ouvido e
como vidro,
comovido,
partiu-se em ruído e
satisfação...
suscetível ao suicídio,
não mais à tranquilidade
faz alusão...alarde.
morto...jaz o silêncio
estendido na superfície
do tímpano da morte.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sacrifício

quando o sangue escorreu, eu pude
me ver ali refletido em todo aquele
vermelho morno,
sobre o corpo morto,
entre os dentes.
matei!
deus, como pôde permitir
que eu matasse,
esse pobre diabo
diante de mim,
com o crânio rachado,
deus como pôde permitir?
eu, que sempre fui
tão devoto, sempre
acreditei que pudesse
me dominar, você,
senhor,
porque não me impedistes?
a culpa não é minha, deus,
nem desse pobre infiel
que sob tua falta de
consideração, pereceu.
como pude eu,
morder a cabeça
de um homem até
sentir o gosto dos
seus pensamentos de ateu.
matei!
mas foi deus quem esqueceu
dessa ovelha desgarrada,
quanto a mim,
gosto do meu reflexo
nesse vermelho todo,
e percebo que foi meu o sacrifício,
quando vejo minha imagem
toda ensanguentada.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Antestreia

quando não havia nada
houve Deus,
hoje há Deus em tudo.
e não não há mais nada...
...só adeus!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

mais que perfeito

quem dera
outra hora
voltar a ser
o que outrora
era.

são reminiscências do
auge em decadência,
também pudera. 

Autoajuda

disse o calendário à tua depressão:
os bons velhos tempos, hoje são
decrépitos cavalheiros, as lembranças
sugerem em seus semblantes, por ti,
apenas comiseração.

não fuja dos gracejos dos novos tempos,
não trate esses galantes senhores com
ilusão. se deseja apenas cortejar o passado,
desenho nessas linhas aqui um pedido:
com tua depressão seja pra sempre lembrado,
se eternizando agora, cometendo suicídio.