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sábado, 23 de novembro de 2013

soneto

oh amor! responda-me porque és
tão apegado ao abandono.
responda, de fato, como um socorro,
por que me olha sempre de viés?

ah senhor! avô de tal criação,
o Homem, filho teu, criou este monstro
a exemplo seu, e agora nesse assombro,
condena à todos a mesma maldição.

amar! amar! sofrer! amar!
sofrer! sofrer por esse amar
em toda a ímpia humana condição.

o Homem ama-te senhor,
e nesse invento à te louvar
está toda a gloria da sua perdição.

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