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terça-feira, 12 de novembro de 2013

soneto

tua boca à mastigar mandíbula,
ou essa à mastigar a boca à degustar
saliva, à ruminar os vômitos enquanto
alimentos para tua pobre vida.

teus úberes à alimentar demônios à
sugar teu leite necro, azedo enquanto
ainda cedo e, mais tarde, teu putrefato
alimento à assassinar rebentos pela arte.

teu corpo inchado ao prazer dos condenados.
a carne à proclamar a crença, enquanto
tua existência alimenta o profano...

em tua paleta certamente não caberá toda
a tinta necessária à esta obra, artista ufano,
e as cores que faltam, encontrará em tua alma
                                        [enquanto humano.]



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