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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Eleva-me Afora

Foi se por calendários e ampulhetas
o tempo pela vida afora,
vai e nunca se esvai, estoico,
resiliente, extenso e nunca ex,
o nunca nunca mais.
Há sempre, levando consigo a
infância, juventude, o amadurecimento
e a velhice de todos e de tudo,
inclusive das rochas, metais,
deuses e demônios e tantos outros
heterônimos mais.

Ah! foice do tempo,
leva-me também
embora pro fim,
leva-me para Atlântida,
para alguma lua de
Saturno ou apenas para
Guadalquivir.

Leva- me tempo,
e em tempo,
eleva-me daqui.

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