no céu como formigas surgem
do solo. Descem de lá como que
de rapel, como insetos subterrâneos
à superfície sobem.
Estes, os astronautas, quando tocam
o chão com suas botas herméticas
esmagam sem perceber ou
propositadamente, os minúsculos
seres que saíram das trevas do seu
submundo para uma morte corriqueira
e sem razão. Porém, certa feita, um
desses pequenos seres, constituído
de peçonha letal, conseguiu subir pelos
pés daquele que pisava seus semelhantes
e conseguiu adentrar o traje.
No primeiro contato com a pele
desprotegida afundou seu ferrão na derme
do astronauta e injetou todo o seu veneno,
no mesmo instante houve a queda daquele
corpo no solo, já quase sem vida, e o
estampido que fez o corpo ao cair, atraiu
para ali todos os insetos e vermes que
habitam o ao redor e as proximidades.
Pouco tempo depois já haviam devorado
quase todo o cadáver daquele que desceu
dos céus. Àqueles que vieram junto com
o que foi devorado, assustaram-se com o
que viam e voltaram para cima, e jamais
outra vez tornaram a pôr os pés neste solo.
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