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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Ipsis Litteris

Se algum dia algum leitor meu,
ou crítico literário, dizer que em
muitos dos meus versos é nítido 
e fácil de perceber pedidos de
socorro por parte do autor,
eu deixo dito já de antemão que
esse leitor ou crítico, ou crítico 
leitor está errado.
Meus versos não são e jamais
serão, de natureza alguma,
pedidos de socorro ou coisa
parecida, meus versos são 
explicitamente exatamente 
apenas aquilo que exprimem e
expressam.
Desse modo, se falo de tristeza,
não quero ajuda de ninguém 
de forma alguma e de nenhuma
forma, quero apenas cantar
minha tristeza;
Se falo das drogas que me
consomem e/ou me consumiram
e consumirão, quero dizer que
consumo drogas, e só.
Se renego Deus nos meus versos 
e, construo assim minha poética,
é porque minha verve versa por 
esse lado e apenas mostra a minha
contundente descrença em todas
as espécies de Deuses, reafirmo e
re-nego mais uma vez, não quero 
ajuda e tampouco busco despertar 
em quem pensa diferente, algum
tipo de ajuda espiritual, muito
pelo contrário, sou eu quem quer
despertar, e despertar naquele que
lê, alguma forma de reflexão 
genuinamente racional.
Não procuro buscar Deus dizendo
o contrário, o que é dito em meus
versos é direto e reto aquilo que
dizem, o que fica nas entrelinhas 
é o que o leitor entendeu, e não 
o que o poeta propriamente disse.
Não é do poeta a culpa do que causa
a sua poesia, é toda e inteiramente 
somente e apenas daquele que lê...
e só.

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