Há flores doentes no ambulatório
do jardim,
rosas, lírios, jasmins,
todas em febris delírios
'pétala sobre pétala ardía'
todas quase mortas ou
quase mortas todas até
o final do dia.
Em seu pranto, as moribundas
entoam ritos aos céus,
elegias, ditirambos,
ladainhas por intempérie,
porém, sobre elas apenas
o sol impera.
Não haverá chuva,
não há nuvens,
não há vento.
Não haverá cura,
não há água ou
unguento que atenue
uma secura tão perene.
As raízes já perderam as forças,
o solo seco às venceu, na parcimônia,
a conta gotas, a contragosto.
As flores morreram, quase todas.
As que não, estão vivas pois no
velório choveu, a noite toda.
do jardim,
rosas, lírios, jasmins,
todas em febris delírios
'pétala sobre pétala ardía'
todas quase mortas ou
quase mortas todas até
o final do dia.
Em seu pranto, as moribundas
entoam ritos aos céus,
elegias, ditirambos,
ladainhas por intempérie,
porém, sobre elas apenas
o sol impera.
Não haverá chuva,
não há nuvens,
não há vento.
Não haverá cura,
não há água ou
unguento que atenue
uma secura tão perene.
As raízes já perderam as forças,
o solo seco às venceu, na parcimônia,
a conta gotas, a contragosto.
As flores morreram, quase todas.
As que não, estão vivas pois no
velório choveu, a noite toda.
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