e então restou o fim,
com medo do mundo, do temido mundo.
restou tímido, o fim absoluto,
absorto, resoluto.
sozinho, esquecido, abandonado.
o fim em meio as coisas da vida,
da vida de todos de um mundo
acabado...
pra onde irá o fim? não é mais esperado,
já consumido já consumado.
o alimento dos temerosos, o combustível,
o insólito.
não há mais quem tema, hoje o fim do mundo
é santo sem crença, sem discípulos...no altar o
fim ajoelha, pede pra solidão clemência e,
tendo a ciência do que virá, amaldiçoa a eternidade
e desespera-se pela humanidade que não tem
mais para exterminar.
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