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domingo, 5 de agosto de 2012

soneto

 
teus olhos claros,
teus dentes brancos.
são tão bizarros,
são estranhos.
 
teu talento é a beleza,
tua grandeza um sobrenome.
teus encantos só põe na mesa
tudo aquilo que não se come.
 
és uma virgem. domingo na missa chora,
ora, reza, hipócrita prece. mas o espelho
lhe dá a imagem de vadia que merece.
 
o que não conquista com a cabeça
nem com a beleza da alma, consegue
com a bunda e com tua buceta que lhe salva.

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